11 de novembro de 2025 – 16:34
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Naiara Carneiro – Ascom HRC – Texto
Iniciativa reforça a integração entre o HRC e Atenção Primária
O Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), está desenvolvendo um projeto que acompanha a continuidade do tratamento, após a alta hospitalar, de pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) e que passaram pela internação na unidade.
Intitulado “Atenção Integrada do Paciente Pós-AVC – de mãos dadas para a continuidade do cuidado entre o Hospital Regional do Cariri e a Atenção Básica Municipal”, a iniciativa estabelece um canal de comunicação direto entre o HRC e as equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) dos 45 municípios que integram a região do Cariri.
“O objetivo do projeto é reduzir o risco de recorrência do AVC isquêmico, apoiar pacientes e familiares no processo de reabilitação e fortalecer a integração do hospital com os municípios”, afirma a diretora de Gestão do Cuidado do HRC, Cléa Roriz.
A proposta está alinhada à Planificação da Atenção à Saúde realizada pelo projeto De Braços Abertos, desenvolvido pela Sesa em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas); Umane (associação civil sem fins lucrativos); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE).
HRC é referência em AVC isquêmico para os 45 municípios da região do Cariri
De acordo com a superintendente da Região de Saúde do Cariri, Tereza Cristina Mota, o projeto De Braços Abertos tem como grande marco a organização dos processos de trabalho dentro das linhas de cuidado prioritárias. “Trabalhar a integralidade do cuidado da população que reside na Região de Saúde do Cariri é potencializada pela ação do HRC, que visa o plano de cuidado e reabilitação do paciente na linha do AVC”, destaca.
Acompanhamento pós-AVC
O projeto consiste em verificar se o paciente está tomando corretamente os medicamentos prescritos; se está realizando consultas de acompanhamento; se foi encaminhado para reabilitação, quando necessário; se a família/cuidador recebeu orientações e se existe monitoramento dos fatores de risco. São solicitadas informações dos pacientes a cada representante municipal. As respostas devem ser encaminhadas 30, 60 e 90 dias após a alta, período mais crítico para o risco de ocorrência de um novo AVC nestes pacientes.
“A APS tem vínculo com o território e conhece o contexto familiar e social, favorece abordagens personalizadas e humanizadas e empoderamento da família. A família aprende e ganha segurança para cuidar e o paciente se sente mais acolhido, o que melhora adesão e autoestima”, explica a secretária executiva da Atenção Primária e Políticas de Saúde da Sesa, Vaudelice Mota, ao citar as vantagens da integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde.
“A continuidade do cuidado reduz a desassistência após a alta hospitalar, diminui reinternações e complicações (como infecções, úlceras de pressão e novos AVCs)”, complementa a secretária.
Para prevenir a ocorrência de um novo AVC, é preciso controlar os fatores de risco, explica o médico neurologista que coordena a unidade de AVC do HRC, Saulo Oliveira. “Hipertensão, diabetes, dislipidemia, sedentarismo, tabagismo. Se não controlar esses fatores, o paciente pode voltar a ter um AVC”.
Já a enfermeira do HRC que coordena as atividades do projeto, Luciana Maria Pereira, o paciente precisa se orientado a continuar o cuidado, dai entra a importância da APS. “Quando o paciente mantém os cuidados mínimos pós-AVC, como controle rigoroso pressórico e glicêmico, inicia ou mantém a prática diária de uma atividade física e realiza mudanças em sua dieta habitual, esses são fatores de risco modificáveis, que podem ser feitos com apoio da Atenção Primária”, finaliza.
Representantes dos municípios
HRC realizou oficina sobre o projeto com representantes dos municípios
Em outubro, o HRC realizou uma oficina com a participação dos representantes das secretarias municipais de saúde da região para sensibilizar sobre a importância do acompanhamento pós-AVC isquêmico, apresentar o papel de cada ente na rede de atenção e alinhar fluxos de cuidado e troca de informações.
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