Seplag conduz painel na 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento







16 de setembro de 2025 – 17:11
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Dháfine Mazza – Ascom Seplag – Texto


As estratégias de financiamento para o desenvolvimento sustentável e a resiliência climática no Nordeste brasileiro foram abordadas, nesta terça-feira (16), no painel Financiando a Resiliência Climática: Instrumentos Financeiros e Estratégias Regionais para uma Transição Justa no Nordeste do Brasil, moderado pela coordenadora da Coordenadoria de Captação de Recursos e Alianças com Público e Privado (Cocap) da Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE), Ticiana Gentil. O debate integrou a programação da A Conferência 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (ICID III), que teve início nessa quarta-feira (15) e segue até sexta-feira (19), no Centro de Eventos do Ceará.

Com foco nos instrumentos financeiros de diversas instituições e em seus papéis no apoio a uma transição justa e sustentável rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes) – COP30, que ocorrerá em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro deste ano, o debate conduzido por Ticiana Gentil teve como palestrantes o especialista ambiental do Banco Mundial, Tao Wang; o diretor País do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), Arnoud Hameleers; o chefe de Financiamento de Exportação do Reino Unido para o Brasil, Fabio Accunzo; e o superintendente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Nordeste (BNB), Irenaldo Rubens.

Na ocasião, a moderadora instigou o debate com questionamentos sobre os principais argumentos para investir na adaptação climática e sobre os desafios no financiamento das iniciativas na área. “Adaptar-se às mudanças climáticas é um investimento estratégico: reduz gastos futuros com desastres, promove inclusão social, gera empregos e melhora a qualidade de vida. A prevenção, com alertas, infraestrutura resiliente e práticas sustentáveis, custa menos e é mais eficaz do que remediar enchentes ou secas”, refletiu Ticiana Gentil.

De acordo com ela, os principais desafios no financiamento da adaptação climática incluem a necessidade de mobilizar montantes significativos de recursos, principalmente para países em desenvolvimento; a articulação de diferentes setores e atores (governo, setor privado) para que as ações sejam eficazes; a superação da percepção de que a adaptação é um custo, e não um investimento em desenvolvimento resiliente; e o alinhamento dos compromissos financeiros entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

“Há também a necessidade de direcionar o financiamento para soluções concretas, valorizar soluções baseadas na natureza e lidar com a lacuna crescente entre as necessidades de financiamento e a sua disponibilização”, afirmou a coordenadora da Seplag-CE.

ICID III

As Conferências Internacionais sobre Clima e Desenvolvimento (ICID) foram criadas para fortalecer as discussões sobre o desenvolvimento sustentável das terras secas globais. A primeira ICID ocorreu em 1992, no Rio de Janeiro, como um evento preparatório para a Cúpula das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. A segunda ICID, organizada em 2010, ocorreu em Fortaleza e foi um evento preparatório para a 2ª Cúpula das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

A ICID III, que ocorre até esta sexta-feira (19), também em Fortaleza, objetiva fortalecer e ampliar as discussões sobre os impactos das mudanças climáticas no desenvolvimento sustentável das terras secas globais no âmbito da COP 30. A programação do evento foca em questões de clima, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável em regiões secas ao redor do mundo.