
Canberra/Lima. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os EUA da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), como prometido, levou outros países membros a buscarem formas de salvar o pacto comercial.
Líderes de algumas das outras 11 nações envolvidas na iniciativa disseram que esperam avançar com o acordo de alguma forma, com ou sem os EUA.
O governo australiano estendeu a mão à China, afirmando esperar que o Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica possa ser salvo, apesar da saída dos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump.
Considerado um contrapeso à crescente influência da China, este tratado foi assinado em 2015 após difíceis negociações entre 12 países da região Ásia-Pacífico que representam 40% da economia mundial. Ontem, o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, explicou aos jornalistas em Canberra que seu governo mantém “discussões ativas” com outras partes integrantes do TPP, como Japão, Nova Zelândia e Cingapura, para encontrar uma forma de salvá-lo.
Interesse
O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que espera que o Acordo Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) possa continuar, mesmo sem a presença dos EUA. Para Kuczynski, a inclusão da China e da Índia poderia fazer bem à parceria.
Segundo o presidente peruano, ainda não é hora de outros países seguirem o que foi feito pelos Estados Unidos. Ontem, o novo presidente americano, Donald Trump, assinou um decreto para retirar o país da TPP.
“Devemos trabalhar com a China, com a Índia, a Austrália e a Nova Zelândia e outros países asiáticos”, disse Kuczynski a uma emissora local. “Vamos tocar as coisas boas da TPP e remover as coisas que não eram tão boas”, afirmou.
Diário do Nordeste